A Note to Our Readers

Dear Readers,
We make a special effort here to record the facts as we receive them. At times, there may be error but we do try to use our best judgement at the time of posting, and will be glad to amend any details which are proved incorrect. Furthermore, even though we do not here discuss the human cost, we realize that losing anyone in an air accident is insurmountable tragedy to individuals, families and communities. We do extend our heartfelt sympathy to those whose loss we record here. "...any man's death diminishes me, because I am involved in mankind, and therefore never send to know for whom the bell tolls, it tolls for..." us all.
Meditation XVII - (with apologies to) John Donne


2008/06/17

Parentes pintam céu estrelado para homenagear vítimas de acidente da TAM



PATRÍCIA ARAÚJO

Grupo de cerca de 150 pessoas esteve neste domingo (15) no local do acidente.
Manifestantes querem que sejam entregues relatório do Cenipa e laudo do IC.

A quase um mês de completar um ano do maior acidente da aviação brasileira, parentes e amigos das 199 vítimas da queda do vôo JJ 3054 da TAM decidiram trocar o luto por uma mensagem de esperança e luta pela impunidade.

Na tarde deste domingo (15), eles substituiram da cor preta que coloria os tapumes que circulam o terreno onde ficava o antigo prédio da TAM Express, na Zona Sul de São Paulo, por um céu azul estrelado 199 vezes. Em cada desenho branco, uma flor de mesma cor foi colocada para representar um dos mortos no início da noite de 17 de julho de 2007.

Veja a cobertura do acidente

“A gente sempre diz que eles viraram estrelinhas”, disse a secretária Beth Dorneles Haenser, que teve a irmã Ângela morta no acidente. Esta foi a primeira vez que ela deixou a cidade de Porto Alegre (RS) para participar de uma manifestação de parentes de vítimas do acidente em São Paulo. “Eu custei até ter coragem de vir. Aqui tu vês o local e imagina que podia ter sido bem pior, muito mais gente podia ter morrido”, afirmou.

Cerca de 150 pessoas participaram da manifestação neste domingo. A chuva forte que atingiu a cidade chegou a atrapalhar o grupo, que saiu correndo do terreno e, em seguida se dirigiu ao saguão de embarque do Aeroporto de Congonhas.

Protesto
O grupo passou cerca de 30 minutos no saguão do aeroporto. Com faixas e banners com nomes de várias das vítimas, eles se concentraram em frente ao check in da TAM, que foi paralisado. Um megafone foi usado pelo pai de Rebeca Gunter Haddad, de 14 anos, que também morreu no acidente. Christopher Haddad fez um discurso emocionado repleto de frases de ordem como “o lucro acima de tudo mata”.

“São 11 meses de dor e de tragédia. Nós queremos o laudo do Instituto de Criminalística e o relatório do Cenipa”, disse. Segundo ele, para que a polícia possa concluir o inquérito que investiga o acidente os dois documentos são necessários, mas eles não são entregues. “Dessa vez, a lei nesse país vai ser cumprida. Senão, daqui a 30 anos, nós vãos continuar vindo aqui todos os meses. Dessa vez os culpados vão para a cadeia”, afirmou.

A reportagem do G1 entrou em contato com a TAM, que até a publicação desta nota não havia se pronunciado. Também foi tentado contato com o Cenipa e o IC, mas não houve retorno.

src: http://g1.globo.com

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